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Como você calcula as taxas variáveis de fósforo e potássio?

Tempo de leitura — 10 minutos
Aqui, informamos todas as maneiras de fazer esse cálculo: com base em resultados da análise do solo, com base nas zonas de produtividade e usando-se o aplicativo Web OneSoil.
Geralmente, os cálculos de fertilizantes são baseados no rendimento planejado e no teor de nutrientes do solo. Em termos de rendimento, os agricultores calculam a remoção de nutrientes, que equivale a quantos nutrientes as plantas vão obter do solo. Eles avaliam as reservas de fósforo e potássio no solo e escolhem uma estratégia para calcular as taxas de fertilizantes com base no teor encontrado. Caso esse teor esteja abaixo do valor ideal, o agricultor deverá aplicar mais fertilizante do que a remoção prevista; caso ele esteja acima do valor ideal, as taxas de fertilizante devem ser reduzidas.

Parece simples, mas o problema é que o teor de nutrientes e o rendimento de um campo podem diferir drasticamente de uma área para outra.

Existem algumas soluções para isso. Você pode, por exemplo, conduzir uma análise detalhada dos nutrientes do solo, calcular as taxas de fertilizantes por zonas de produtividade ou usar o aplicativo Web OneSoil. Neste artigo, vamos falar sobre esses três métodos.
Usevalad Henin
Usevalad é especialista em SIG e química agrícola. Ele trabalha no desenvolvimento de ferramentas da agricultura de precisão desde 2013. Ele também é o cofundador da OneSoil.
Caso prefira, temos um webinar a respeito desse assunto.
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Philip Kondratenko_OneSoil Agronomist
Usevalad Henin
Usevalad es experto en SIG y en agroquímica. Desde el año 2013, se dedica al desarrollo de herramientas de agricultura de precisión. Además, es el cofundador de OneSoil.
Geralmente, os cálculos de fertilizantes são baseados no rendimento planejado e no teor de nutrientes do solo. Em termos de rendimento, os agricultores calculam a remoção de nutrientes, que equivale a quantos nutrientes as plantas vão obter do solo. Eles avaliam as reservas de fósforo e potássio no solo e escolhem uma estratégia para calcular as taxas de fertilizantes com base no teor encontrado. Caso esse teor esteja abaixo do valor ideal, o agricultor deverá aplicar mais fertilizante do que a remoção prevista; caso ele esteja acima do valor ideal, as taxas de fertilizante devem ser reduzidas.
Parece simples, mas o problema é que o teor de nutrientes e o rendimento de um campo podem diferir drasticamente de uma área para outra.

Existem algumas soluções para isso. Você pode, por exemplo, conduzir uma análise detalhada dos nutrientes do solo, calcular as taxas de fertilizantes por zonas de produtividade ou usar o aplicativo Web OneSoil. Neste artigo, vamos falar sobre esses três métodos.
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Condução de uma análise de nutrientes do solo

Uma análise de nutrientes do solo pode avaliar o teor de fósforo e potássio ali presentes, e há várias empresas que oferecem esse serviço. Alguns funcionários vão até o campo, colhem amostras de solo para levar ao laboratório e fornecem um relatório detalhado após a análise.

Embora a análise do solo siga um método científico específico, a amostragem do solo pode ser feita por vários métodos. A forma como as amostras são coletadas afeta diretamente os resultados da análise, por isso é interessante entender esses métodos.
Método de amostragem em grade. Para esse método, as amostras são coletadas em áreas específicas do campo. Suas coordenadas são registradas e, com base nos testes de laboratório, os especialistas fazem uma previsão do teor de nutrientes para todo o campo.

O quão confiável é esse método? Vamos ver um exemplo. Aqui, temos dois mapas do mesmo campo de 20 hectares em Belarus. O mapa à esquerda está baseado em uma densidade de amostragem de 100 metros; já o da direita mostra um campo com densidade de amostragem de 50 metros.
Mapas de distribuição de potássio baseados no método de amostragem em grade; a densidade de amostragem à esquerda é de 100 metros e à direita é de 50 metros.
Esses mapas são claramente diferentes, e aquele com uma densidade de amostragem mais alta tem uma precisão maior. Mas uma alta densidade de amostragem também gera um custo maior para conduzir uma análise de nutrientes do solo. Digamos que nós temos um campo de 40 hectares. Com uma grade de pelo menos 0,9 hectare, teremos de coletar cerca de 44 amostras. Em média, o custo para analisar uma amostra é US$ 45 (dependendo do país e de muitos outros fatores). Portanto, nesse exemplo, a análise completa do solo totalizará cerca de US$ 2.000. Sabemos que nem todo agricultor pode gastar essa quantia em uma análise, mas se aplicarmos o fertilizante com base no mapa com uma densidade mais baixa, apenas aumentaremos a heterogeneidade espacial de fósforo e potássio, o que tornaria o rendimento imprevisível.

O método de amostragem em grade pode ser caro (com uma grade de amostragem densa) ou arriscado (se a densidade for baixa).

Método de amostragem por zona. Nesse método, o campo é dividido tanto em retângulos iguais quanto em zonas por relevo, rendimento, condutividade e outras características. Uma amostra composta de solo é coletada em cada uma dessas zonas e posteriormente analisada.

O quão confiável é esse método? Com base na minha experiência, ele não é muito confiável. Eu venho testando diferentes métodos de seleção de zonas no campo desde 2014, incluindo vários daqueles usados pelas empresas de consultoria agrícola. Entre eles, está a seleção de zonas por mapas de condutividade, relevo e teor de húmus, por mapas de solo e por uma grade com retângulos de tamanhos iguais.

De acordo com os meus dados, as zonas obtidas do campo não serão homogêneas em termos de teor de fósforo e potássio, independentemente do método escolhido. Por exemplo, mesmo uma área de 1,5 hectare com teor homogêneo de húmus apresenta segmentos com teores altos e baixos de potássio e fósforo. E o mesmo ocorre com zonas selecionadas a partir de todos os outros métodos.

É por isso que não confio nesse método e recomendo que você o use com cautela.

Por zonas de produtividade

Vamos começar definindo o que são zonas de produtividade. Tratam-se de áreas do campo com resultados de rendimento diferentes. A área com maior rendimento por várias temporadas é considerada como uma zona de produtividade alta. Há também zonas de produtividade baixa e moderada.
Ao calcular fertilizantes por zonas de produtividade, não confiamos na diferença no teor de nutrientes do solo; em vez disso, observamos a forma como os rendimentos mudam no campo.

Isso faz sentido por dois motivos. Em primeiro lugar, o rendimento nem sempre é limitado pelo teor de fósforo e potássio. Por exemplo, você aplica fósforo e potássio no campo esperando obter um rendimento de 8 t/ha, mas acaba obtendo 2 t/ha por ano em algumas áreas. Eu não acredito que a falta de fósforo e potássio seja a razão para isso, sendo que as causas mais prováveis sejam a falta de umidade, o baixo teor de húmus ou a acidez do solo, o que também diminui o rendimento. Por isso que é importante não apenas determinar a taxa de fertilizante com precisão, como também encontrar e eliminar fatores limitantes.

Em segundo lugar, esse método é mais simples e menos caro. Muitos fabricantes de colheitadeiras já produzem suas máquinas equipadas com sensores, os quais registram o peso do grão que chega aos elevadores e vincula esse valor às coordenadas do campo. Para compilar um mapa de zonas de produtividade de um campo, precisamos coletar dados de rendimento dos últimos quatro anos e comparar os dados de cada ano. Em zonas de alta produtividade, a remoção de nutrientes do solo é sempre maior do que em zonas de baixa produtividade. Ao nos concentrarmos nessas diferenças, podemos identificar com precisão a taxa de fósforo e potássio de cada área do campo.

Caso você não tenha equipamento especializado ou não seja possível coletar dados de rendimento, outra forma de fazer isso é identificando zonas de produtividade e calculando as taxas de fertilizantes no aplicativo Web OneSoil.

Com o uso do aplicativo Web OneSoil

Para calcular a aplicação de fertilizante de fósforo e potássio em taxa variável usando o OneSoil, primeiro você precisa se registrar no aplicativo Web. O registro e o uso do OneSoil são sempre gratuitos a todos. Em seguida, faça o seguinte:
1
Abra a seção "Fertilizantes", selecione o campo com o qual deseja trabalhar e clique em "Fósforo e potássio".
2
Agora selecione a cultura que deseja plantar e insira o rendimento planejado. A calculadora de fertilizantes funciona para a maioria das culturas de grãos e oleaginosos.
3
Especifique quais culturas foram plantadas aqui nos últimos cinco anos. O OneSoil definirá as zonas de produtividade para o campo usando imagens de satélite.
4
Depois disso, o aplicativo Web calculará automaticamente a remoção de nutrientes do solo de cada zona e determinará a taxa de fertilizante.
5
A próxima etapa é selecionar o tipo de computador de bordo e baixar o arquivo de prescrição.
Así es como se ve la calculadora de fósforo y potasio en la aplicación web_OneSoil Blog
Essa é a aparência da calculadora de fósforo e potássio no aplicativo Web OneSoil.

Como o OneSoil define zonas de produtividade

Para definir zonas de produtividade, aprendemos a modelar valores de rendimento relativo. Em outras palavras, não sabemos quantas toneladas foram colhidas em uma ou outra parte do campo, mas sabemos a produtividade de uma área específica em relação ao campo como um todo. Por exemplo, se o rendimento em relação ao campo todo foi de 10 toneladas e, para a área X, foi de 2 toneladas, então seu rendimento relativo é de 20%.

Agora vamos ver como é feito o cálculo. Para aprender a restaurar os dados de rendimento, usamos imagens do satélite Sentinel-2 de vários anos, além do banco de dados que compilamos com base em mais de 40.000 hectares de campos. Nossa equipe comparou esses valores reais de rendimento com dados do índice NDVI em vários estágios de desenvolvimento das plantas e encontrou um padrão entre eles. Com essas informações em mãos, criamos um algoritmo para calcular o rendimento relativo de um campo.

O quão confiável ele é? Vamos usar um exemplo para analisar bem essa questão. A seguir, temos mapas de rendimento de quatro anos diferentes. Nós modelamos os mapas de 2014 e 2016, e os de 2015 e 2017 são baseados em dados reais coletados usando uma colheitadeira.
Mapas de rendimento modelado e real
Apesar da diferença de clima e das culturas sendo cultivadas, a maior parte do campo apresenta estabilidade em relação a seus números de rendimento, enquanto as localizações das zonas de produtividade no campo são consistentes ano após ano. A lição disso é que podemos confiar nos mapas com dados de rendimento modelado.
Zonas de productividad_OneSoil Blog
Mapa de zonas de produtividade do aplicativo Web OneSoil

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Usevalad Henin
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